terça-feira, 30 de dezembro de 2008

" Não as mascaras "



Normalmente falo muito, mas já me calei muitas vezes, só para não dar argumentos ao outro.
Já tive vontade de gritar muitas verdades, mas não o fiz, só para não perder o respeito por mim mesma.
Já tive vontade de chorar, mas optei por rir, só para não demonstrar minha fragilidade.
Já tive vontade de sumir, mas fiquei, só para não precisar voltar.
Já tive vontade de mentir, mas fui sincera, só para não magoar mais ainda, com uma grande mentira, optei por magoar no tamanho que cabia a verdade.
Já tive vontade de dizer eu te amo, mas disse eu te gosto, só para não confundir a cabeça de quem não estava preparado para ser amado.
Já senti muita raiva, mas me mantive branda, porque o outro não merecia nenhum sentimento intenso.
Nunca me arrependi de nada que fiz, mas já evidenciei dúvidas, só para não contradizer a insegurança do outro.
Já eternizei momentos para sempre, embora eu soubesse que duraria apenas algumas horas, só porque fui 100% feliz.
Já mudei um caminho trilhado, desviei para um atalho desconhecido, só porque optei pelo extase absoluto mesmo sabendo que era momentaneo.
Tambem já chorei muito, mas ri muito mais, só porque sempre achei que a vida foi feita para viver com mais intensidade os momentos bons e esquecer totalmente os ruins.
E eu aprendo a cada dia mais, que as nossas piores fases só acontecem exatamente para aprendermos a demarcar, e simplesmente saber esperar.
Que após todos os acontecimentos desagradáveis, os agradáveis estão inexplicavelmente se fortalecendo para chegar em nossa vida ainda mais marcantes e compensadores.
Que por mais que seja complicado viver, nada, absolutamente nada é mais compensador que aproveitar e saber saborear cada segundo da vida com intensidade total e absoluta como se fosse o nosso ultimo segundo.

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