segunda-feira, 27 de julho de 2009

" Perdas & Ganhos "


Perde-se pessoas, perde-se momentos tão intensos, perde-se até a valorização própria.
Perdi a ligação tão esperada, a vontade de olhar as fotos todo dia, os email e recadinhos carinhosos, perdi toda a intensidade de tudo ja vivido.
Perdi aquela pessoa que eu ficaria abraçada horas e horas sem precisar falar ou fazer nada, absolutamente NADA, por simplesmente não precisar de mais nada ao lado dela.
Perdi o carinho gostoso, o gosto do beijo audacioso, o levitar ao bater das asas na volta para casa.
Perdi o ombro que dizia ser amigo, porem, de verdade nunca esteve comigo.
Perdi!
Mas contudo ganhei!
Novos caminhos, novos sorrisos, novos sabores, novas experiências, novas maneiras de ver a vida.
Ganhei um abraço mais quente com o formato exato para o meu acalanto.
A vontade de ter um novo objetivo, ganhei mais vozes sinceras, mais lembranças doces, mais o tal do amor próprio, ou o amor mutúo.
Ganhei novos sentimentos, novas sensações, o som da minha música predileta com o cheiro e a lembrança de alguem que só quer a minha paz.
Perde-se oque é evasivo, ganha-se num fechar de olhos oque é verdadeiro.
Afinal oque é perder quando se perde oque nunca foi seu.
Ganha-se oque precisa ser, oque de fato já éh, ganha-se muito mais, quando se perde o medo de perder.
Ganhei!


By Nah


sexta-feira, 24 de julho de 2009

" Quebrei as minhas asas "


Notaram as asas?
Eu quebrei as minhas asas, talvez asas da minha imaginação, asas que por algum tempo voavam alto.
Pois bem, enganei-me.
Pior dos meus princípios, esqueci como seria voar com alguém, voar para alguém ou para mim mesma,
Nunca tinha visto nuvens tão de perto, muito menos luas tão lindas que essas asas já buscaram, me encantei, voei, me entreguei, levitei, imaginei.
Assim como meu par de asas, ainda que quebradas, eu cresci e cresço constantemente, evolui.
Conheci o interessante, o alucinante, debrucei em algumas derrotas, persisti mais em outras, enlouqueci e me deixei levar, com isso me fortaleci.
Criei ideais, findei preconceitos, desaprendi e aprendi, imaginei sonhos e planos, e criei muito mais, me conheci.
Voltei ao meu mundo ao meu eixo inicial.
Um minuto, respirei para me encontrar, achei que seria uma eternidade, não foi, fazemos o nosso tempo ser o tempo perfeito.
Quero tomar mais chuva, beijar mais na boca, andar abraçadinho, voar cada vez mais alto, conhecer borboletas com as mais variadas cores, quero girassóis mais amarelos que tantos outros juntos possam refletir, quero ver sorrisos e derramar lágrimas por motivos que realmente valham a pena.
Por isso hoje é o tempo de ser feliz, mesmo as asas voando mais baixo, ainda assim permanecem a bater,
Asas quebradas ou não, ainda são asas, voltei a voar.


By Nah

domingo, 19 de julho de 2009

" Cumplicidade"


Não me faça feliz!
Por favor não me sacie nem me deixe pensar que algo muito bom pode sair disso.
Olhe para os meus machucados, olhe os meus arranhões, esta vendo os arranhões dentro de mim?
As palavras vinham lhe a mente, enquanto a mão dele tocava-lhe delicadamente o cabelo, o rosto e suavemente beijava sua boca.
Finalmente estavam os dois ali sózinhos, mais intimos, mais inteiros, os pensamentos invadiam sua mente, a confusão, o agora o antes, as comparações, as diferenças, ainda a resistência, recuar talvez, queria não pensar, mas não conseguiu.
Lembrou-se de muitas coisas, das antigas as mais recentes, das obviedades dos fatos, das tantas vezes que seu coração chorou e seus labios sorriam, das confissões, da sinceridade doída, ofensiva, ignorando suas dores, enquanto ela delicadamente sorria, tocava-lhe o braço, e falava apenas fica comigo, insensatamente oferecendo seu amor incondicional.
A boca agora percorria-lhe o pescoço, as mãos tocavam gentilmente seu corpo, aproximavam -se mais, havia sim a reciprocidade, a vontade de querer mais, só mais um pouquinho.
O sofá da sala era igual, coicidentemente era igual ao dele, aquele que um dia ela ouviu a descrição "das brincadeiras com a vizinha no sofá", essa lembrança desencadeou outras, " as viagens sem fim no mundo na net", " o envolvimento com a prima ", " a moça que veio de longe só para uma noite de cama", outros fatos, muitos outros, os acontecimentos mais recentes, a sua exclusão na sua vida, a falta de tempo, a total indiferença aos seus dias ruins.
Minutos, segundos talvez, pouco tempo e tudo aflorou em sua mente, já havia passado tanto tempo, e tudo lhe vinha a tona como se tivesse sido ontem, quase pode sentir novamente a mágoa, a dor, a raiva, não sentiu nada, a não ser o arrepio que a fez acordar, a vontade, o desejo de quem agora estava ao seu lado.
A boca agora era mais exigente, as mãos se procuravam, novos detalhes, novos gostos, de novo o desejo, o querer de outro corpo.
A descoberta, o corpo inteiro dele se revelando aos poucos, o dela ainda timido, poucos detalhes visiveis, já estavam saindo a algum tempo, mas para ela ainda era cedo.
Não o decepcionou, tocou-lhe o corpo com carinho, beijou o rosto, a boca o pescoço, falou baixinho em seu ouvido, pediu mais um tempo.
Ele por sua vez apesar do desejo exposto respeitou seus limites, nada cobrou, manteve se sutil, meigo e carinhoso, como era de se esperar de alguem como ele.
Na rua andaram juntinhos, trocaram carinhos, ficaram em silencio, os olhos falavam por si, não quebraram o encanto.
No outro dia se viram de novo, o mesmo carinho, os mesmos cuidados, o mesmo jeito de olhar, a vontade de novo, ela ainda tem medos, ele ainda a quer, ambos esperam sem pressa, sabem que ainda haverá muitos dias e muitos amanhãs.
Ambos sabem que vale a pena esperar, a hora certa chegar.


By Nah

sexta-feira, 10 de julho de 2009

" Uma nova história"


Na noite anterior ela tinha chorado, sentia-se sózinha, pensou e reviveu mil coisas, das boas as ruins, dos ultimos tempos, as mudanças, se viu confusa e sózinha meio sem rumo, planos interrompidos, sonhos cortados ao meio, nesse momento tudo oque precisava era um abraço, aconchego quentinho, palavras amigas, o seu ombro amigo, silencio talvez, nem importava se não houvesse palavras, ele lhe fazia falta.
Dormiu, quietinha, aconchegou-se mais ao travesseiro, despediu-se dos sonhos e dos planos, afinal no dia seguinte era festa, haveria os amigos, a musica, a dança, concluiu que não deveria estar assim tão triste.
Chegou cedo, não havia vestigios em seu rosto da noite anterior, renovou-se com o sol, contagiou-se com a alegria das pessoas.
Dançava sózinha, sorriso estampado no rosto, percebeu o olhar insistente, resolveu dar se uma chance, sustentou o olhar, não o perdeu de vista.
O encanto gostoso, o enebriante poder dos olhos, a musica solta, o suave dançar.
Deixou se envolver, aproximaram-se mais, se procuraram e se acharam, dançaram, o doce fluir do novo, o recomeço de uma nova história.
Dias novos vieram, as noites seguintes foram tomadas de novos pensamentos, não esqueceu os olhos, o leve roçar dos corpos dançando, o sutil toque no rosto, nas mãos.
De novo os dois, ele ainda meio timido, ela um tanto intrigada, ainda meio sem entender, ainda meio sem querer, aos poucos tudo foi tomando o rumo certo, ambos sabiam, algo mudou já não queriam apenas ser bons amigos, sem muitos mais nem porque, aconteceu o primeiro beijo, o primeiro toque real, a busca do querer mais.
Nada de planos, nem sonhos, ainda é cedo, ainda não é tempo, só uma nova história, um inicio, ainda sem meio, nem tão pouco alguma previsão para o fim.
A realidade, não houve mais noites de choro, nem de solidão, os dias começam e terminam com " bom dia amor" e " até amanhã amor", e as noites são tomadas pela lembrança dos olhos, e a vontade das bocas, embora ainda seja cedo, ela sabe, ele sabe, esperam ansiosos por outro dia.
By Nah

terça-feira, 7 de julho de 2009

" Saudades "


Embora tudo pareça estar no lugar, tomando o rumo que deveria tomar, as vezes ainda bate uma saudades, saudades imensa, voltar a viver coisas ja vividas, sentir coisas ja sentidas.
Vontade de voltar, ignorar as evidencias, fechar os olhos para tudo oque já foi, e voltar, pensar que tudo não passou de um equivoco, que tudo poderá voltar a ser como antes.
Me perco em detalhes, fatos e fotos e me deixo levar, só um pouquinho, por alguns instantes, volto ao lugar onde tudo começou, ainda que eu não esteja mais lá, volto, remexo nas coisas, discretamente, lamentavelmente anonima, excluida, não vejo vestigios de mim em nenhuma parte, gente nova, algumas antigas, cada qual no seu lugar, gente importante, querida, preferida, nada de mim.
Ainda assim olho para a foto, linda, a que eu mais gosto, aquela que já foi um simbolo de tudo, protagonista da maior e melhor declaração de amor feita um dia para o maior amor do mundo, o meu amor por voce.
Uma imensidão de sentimentos indefinidos, louco desejo, quase uma obsessão se não fosse tão lúcida a ponto de me fazer enxergar as coisas exatamente como elas são ou foram, momentos, bons momentos vividos só isso, nada alem disso.
Jurei a mim mesma não voltar, não olhar, não evidenciar mais nenhum detalhe, fácil mentir para os outros, dificil convencer a mim mesma.
Acredito no tempo, sei que amanhã será outro dia, depois outro e assim sucessivamente, até o dia em que eu não me lembrar mais de olhar, não remexer mais em coisas passadas, apenas olhar para frente e perceber que já estou no fim do caminho, e que alem dele já há outro caminho traçado e outra pessoa ao meu lado.
Hoje ainda não chegou esse tempo.
Espero pelo amanhã!


By Nah

sábado, 4 de julho de 2009

" Renascimento "


Na mesa água, apenas água, palavras, palavras, muitas palavras, tentativa inutil para desviar a atenção dos olhos, aqueles olhos, da boca, aquela boca, fugir, não, fugir não, ficar, não tocar, não experimentar, não sentir.
E o frio e uma chuvinha fina lá fora, e as palavras jorravam, bobagens, sorrisos, o encontro dos olhos, repetidamente, muitas vezes, a proximidade favorecendo o sutil encontro dos olhos.
Mãos que brincavam com o copo, outra garrafa de água, a hora passando, e lá vinham as palavras a fulga, e um certo medo, medo gostoso, o não querer, entre a escolha e a renuncia, viver ou virar as costas ir embora.
O escuro lá fora anunciava a noite, a palavra solta, tenho que ir agora, vem comigo? a resposta precisa, vou!
O frio a chuvinha fina, posso te abraçar? a palavra solta de novo, pode sim esta frio, bons amigos se aquecem no frio, então o abraço, o toque suave mão na cintura, ainda meio sem jeito, a mochila nas costas gentilmente retirada do ombro, o toque final, perto demais, os olhos, a boca, não fugiu, não titubeou, apenas beijou, sublime, suave, acendeu o gosto, o desejo, a fuga se perdeu no espaço, beijou de novo, na rua, no escuro, no frio a chuva fina, tudo desculpa, tudo forjado, em nenhum momento nada disso foi considerado o motivo real para beijar, desde o primeiro encontro, o desejo era beijar.
O percurso era curto, não o bastante, muitos beijos, todos os jeitos, leve, suave, sensual. mordiscado, ensaiado, alguns passos, mais beijos, novo jeito agora, o encaixe, a lingua, o novo, renascer, viver.
Ainda na rua, mãos na cintura, o corpo juntinho, pessoas, gente apressada, e beijos, beijossssss, muito beijooooooooo, o conhecimento, a descoberta, gentilezas, sutis gentilezas, andar de mãos dadas, namorar, evidenciar, sem segredos nada a esconder, liberdade.
O tempo passando, tão rápido, é chegada a hora de ir, nos olhos a promessa, na boca ainda muitas vontades, na cabeça apenas um pensamento.
Querer tudo outra vez!


By Nah

" Indiferença "


Havia tanto amor, tantos sentimentos, tantas vontades, desejos, sonhos, planos, mil promessas ainda para se cumprir.
Muitos sorrisos, mãos entrelaçadas, corpos quentinhos, juntinhos, tantos segredos e tanto silêncio.
Foram tantas palavras ditas, escritas, faladas boca a boca, olhos nos olhos, tantos momentos vividos.
Houve tambem lágrimas angustias, saudades, desejos, ausencia sufocada, nem sempre falada.
Tempo em que se era feliz, o pouco era muito e bastava, havia um amor, amor infinito, sem fim, sem mágoas, sem dores, apenas amor, daqueles que não se acaba nunca.
Nunca acabaria se não houvesse a indiferença, o total ignorar, ha muito tempo que já não havia palavras, apenas deslizes, pequenos deslizes, algo desesperado, recados pequenos, gritos de socorro, saudades, muita saudades, vazio, lacunas, perguntas, muitas perguntas, nenhuma resposta, objetivamente o ignorar, a indiferença, de novo a indiferença.
O encontro, a realidade, ela estava lá, tinha rosto, corpo, e quase podia se ouvir a voz, imaginar o timbre da voz, o sussurrar no ouvido, os sorrisos trocados, os doces momentos de amor, juras eternas, fidelidade, inabalável, inatingivel.
Tudo tão nitido, arrancando-lhe o ultimo sonho, a ultima vez, ainda tão viva na mente, lembranças em forma de riso, riso de escárnio, de dor, de mágoa, de tristeza, vazio só um vazio tomando todo o espaço da ultima noite, a realidade tomando todo o lugar do imenso amor.
Mudanças, tantas mudanças, objetivamente ir embora, recomeçar, dilacerar, juntar os mil pedaços, se fazer inteira de novo, enfrentar, a realidade agora tem rosto.
Ainda há a saudades, ainda a ausencia, talvez ainda haja um amor infinito.
Há o frio e a chuva fina lá fora, a sutil gentileza, o abraço ainda meio sem jeito, o beijo na rua, a falta de costume, recomeçar, bons amigos se aquecem no frio.


By Nah