sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

" Reencontro de amigas "


Recentemente por puro acaso nos reencontramos, amiga de tempos, já não a via a quase dois anos, por puro acaso, daqueles que parece ter sido colocado em nossa frente para nos chacoalhar.
Nos cruzamos na porta de um hospital, um desses tantos que faz parte da minha rotina, ela saia e eu chegava, ambas sem tempo, nossa!!! quanta saudades, parecia que tinha sido ontem a ultima vez que saimos, costumavamos viajar juntas para Paraty, baladinhas, festas de finais de semana, e confidências, muitas confidências, algumas aventuras compartilhadas, daquelas que nos faz rir até a barriga doer, lembrando no outro dia.
Trocamos tel, previamente marcamos, vamos sair, beber todas, colocar toda fofoca em dia e atualizar os dados.
E tinha que ser rapido, encontros assim nos faz querer reviver tudo, relembrar, falar muito, contar todas as novidades, afinal muita coisa muda em quase dois anos.
Saimos na quinta feira, chovia, dia cansativo de trabalho, não desanimamos, lá fomos nós, escolhemos pizza e vinho, habito antigo de ambas, nada de barzinho cheio, nem balada, lugar calmo e tranquilo, sem muito barulho, tinhamos muito oque falar.
Ela com 34 anos, médica bem sucedidad, linda, e sózinha, insatisfeita com algumas coisas e feliz com outras, eu já na fase dos 40 e alguns rs, bem resolvida profissionalmente, nem tão linda, e sózinha.
Cada uma com sua queixas, ela relatou uma certa solidão, com 34, nunca casou não teve filhos, e reclamou dos homens, na faixa etária que se ancaixa em sua busca, ou estão casados com dois filhos, ou separados com filhos e ex: pentelha, ou solteirões enrolados com bem mais que uma, diz que não gosta mais de baladas, porque só tem babacas, ou gente da noite, só pegação, anda preferindo ficar em casa, ver um filme, cinema, teatro, ou simplesmente descansar.
Falei de mim, dois filhos totalmente independentes, ex. marido finalmente ex. de verdade, da minha mudança radical de cidade, da vida louca de caixeira viajante, uma certa solidão, tambem não gosto mais de baladas pelos mesmos motivos que ela, tambem prefiro as mesmas coisa que ela, casa. cinema, teatro e descansar, e dos homens, desses nem falei muito, só de um, meu estranho amor, vejo raramente, seguimos mundo e vidas totalmente separadas, não explico, só sei que sinto, e oque sinto.
Me descrevi nem feliz, nem infeliz, meio sem definição, deixando acontecer.
Foi aí que ela me chamou de omissa ou apática, ambas as colocações me cairam muito bem, é exatamente assim que me estava me sentindo, omissa e apática.
E como foi bom, encontrar alguem que me conhece tão bem e sabe colocar direitinho as palavras, sem nos agredir, nem magoar, apenas verdades, doídas, mas a mais pura verdade, e era bem isso que eu estava precisando, ser chacoalhada.
Após umas 4 horas entre conversas séria, e muitas risadas, tomamos a primeira decisão bem pensada, vamos viajar, já, rapido, para não perder o pique e ficar só na conversa, vamos mudar algumas coisas, sugeri alguma mudança, a cor do cabelo, quem sabe algo estético, quem sabe um peeling, ela disse que é só oque eu preciso do peeling, porque minha pele é boa, mudar a cor do cabelo nem pensar, nasci loira, devo continuar loira, animei rs, ela entende da coisa, é dermatologista, vou fazer só o peeling, até já marquei.
Voltamos para casa mais leve, e cheia de planos, somos livres, solteiras, independentes financeiramente e vamos a luta, buscar aquilo que esta nos faltando.
VIDA!!!!

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